Dezembro de 2008
Olhando o calendário em minhas mãos, o amigo de minhas anotações, o mensageiro da brevidade dos dias e da loucura do tempo, percebi que o tempo foge, e que voamos como as folhas de outono.
Pensei muito nos motivos de cada atitude. Sabia muito pouco sobre o tempo ao nascer o ano que ora contempla seu fim crepuscular. Ponderei insuficientemente a quantidade de horas, minutos e segundos, que estavam por se desfazer rapidamente diante de mim.
E agora, nos segundos em que contemplo o ontem de muitos dias, escrevero que a vida se vai, que a vida escorre como areia duma ampulheta já antiga. E agora, que o olhar do efêmero tempo pousou em meus ombros, decidi esquecer-me de tudo o que é importante, para somente amar... ‘não existe mais tempo para o que não é amor’.
Rafael Scalassara da Cruz
